Christiano Matthiessen, um imigrante dinamarquês, veio para o Brasil em busca de terras para lavoura. Nesta ocasião, prospectava terras e veio para Piracicaba a convite do amigo Dr. Prudente de Morais; conheceu as terras onde hoje se localiza a Fazenda Capuava e se encantou com as mesmas, lembrando muito sua terra natal pelo fato de serem planas e propícias à agricultura.
Fundou, em 1886, a Fazenda Capuava, onde iniciou suas atividades com inovações e técnicas modernas na fabricação de peças de madeira pelos imigrantes dinamarqueses que costumeiramente tomavam AQUAVIT, um destilado de origem escandinava, produzida a partir da destilação de batatas ou de cereais e redestilada com aromatizantes. Como no Brasil não havia esta bebida, estes imigrantes iniciaram a plantação de cana-de-açúcar, objetivando a produção de um destilado alcoólico.
Assim iniciou-se a fabricação da Primeira Cachaça Artesanal da região de Piracicaba. Com o excelente solo e clima propício foi com a cana-de-açúcar que a Fazenda Capuava encontrou sua vocação.
Vale lembrar que, Christiano Matthiessen casou-se com a Senhora Sophia Rehder Matthiensen, no dia 04/12/1886, com quem teve os filhos: Charlotte Rehder Matthiessen (1887-1969), Henrique Christiano Matthiessen (1895-1966), Hortência Matthiessen (1899-1979) e Tagea Matthiessen Gudmon (1904-1986). Além dos quatro filhos, Sophia teve ainda duas meninas gêmeas que infelizmente faleceram. Em1904, Sophia perde seu esposo, Christiano, que falecendo, deixa-a viúva aos 34 anos de idade. Mulher corajosa e de fibra, conduz alguns negócios da fazenda, além de cuidar e criar os filhos. Estimula a formação e desenvolvimento da Capuava nas suas etapas iniciais, levando adiante o sonho de seu esposo. Benemérita e profundamente preocupada com o socizl, Dona Sophia, como era conhecida, sempre auxiliou as famílias carentes do bairro Vila Nova, quer fossem seus empregados ou não. Foi uma das idealizadoras da construção da capela da Vila Nova, que foi erguida com os donativos da Fazenda Capuava. Preocupada com a educação, mantinha uma contribuição de auxílio financeiro mensal à escola do bairro para a formação educacional de crianças filhos de funcionários da Usina Capuava e também da comunidade local.