Médico, agricultor, político. Nascido em Piracicaba em 30/07/1870 e falecido em Piracicaba em 07/10/1949. Casado 1ª núpcias com Francisca de Almeida Morato, filhos: Idalina, Ida, Maria Magdalena, Irma, Ana; em 2ª núpcias com Ana Morato Ferraz, filhos: Maria Olivia, Clélia, Lila, Ana. Era filho de Joaquim e Francisca Emilia Ferraz do Amaral, de tradicional família piracicabana.
Tinha 16 anos de idade quando estudou no colégio São Salvador, na cidade de Salvador (Ba). Em 1896 formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da capital baiana. De volta a Piracicaba, passou a clinicar em consultório no largo da Matriz nº1 e a integrar o corpo medico na Santa Casa de Misericórdia local, na qual ocupou todos os cargos, desde medico de ambulatório.
Foi chefe de enfermaria, diretor clínico, provedor. “Médico conceituadíssimo e político de renome”, segundo Guerrini, foi vereador em 5 triênios, presidiu a Câmara Municipal e deputado estadual. Foi proprietário da fazenda Santa Vitalina. Por ocasião do movimento revolucionário eclodido na capital paulista em 1924, chefiado pelo general Isidoro Dias Lopes, cuja repressão causou elevado numero de mortos e feridos e sérios danos materiais, fez parte do triunvirato piracicabano do movimento. Fracassada a revolução, foi preso e levado a capital do estado como criminoso comum e submetido a humilhações, sendo, depois, libertado e recebido pelos piracicabanos “em uma das mais vibrantes manifestações cívicas da época”, segundo registro de jornal nessa ocasião.
Uma das conseqüências da revolta de 24 foi a fundação do Partido Independente que derrotou o Partido Republicano em 1925. Piracicaba deve-lhe a concretização de um sonho ousado: a construção de uma “Santa Casa Nova”, em terreno com mais de dois alqueires ou seis quarteirões únicos, cuja pedra fundamental foi lançada a 07/09/1923 e cuja inauguração ocorreu em agosto de 1935. “Se José Pinto de Almeida foi fundador da Santa Casa, dr. Coriolano foi o seu consolidador... trabalho perseverante por quase meio século, ação corajosa e firme, a despeito das incompreensões e da ingratidão; e, as vezes, poucas, também satisfação e alegria de sentir-se útil a sua terra estremecida”.
Irmão Benemérito da Santa Casa por deliberação da Irmandade desta e seu provedor honorário, mesmo quando a enfermidade e a idade o debilitaram, continuou a percorrer as dependências da Santa Casa em sua cadeira de rodas. Em sua homenagem, a Câmara Municipal deu seu nome a uma rua de Piracicaba, em Vila Monteiro.