PIRACICABA, WEDNESDAY, 24 DE APRIL DE 2024
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Estevão Ribeiro de Souza Rezende



Estevão Ribeiro de Souza Rezende
Rio de Janeiro
Indutrial/Agricultor/Jornalista
19/08/1840
11/08/1909

	Nascido em 19/08/1840, Rio de Janeiro, falecido em 11/08/1909, Piracicaba. Industrial, agricultor, político, parlamentar e jornalista. Descendia por linha paterna de uma importante família brasileira, com antepassados provenientes do arquipélago de Açores, João de Rezende Costa e Helena Maria Gonçalves, que se fixaram em Minas Gerais. Tiveram doze filhos, um dos quais, José de Rezende Costa, foi herói da Inconfidência Mineira. José teve uma filha e um filho com o mesmo nome dói pai, que foi, como este, inconfidente e degredado. O filho retornou em 1809 ao Brasil e chegou a ser conselheiro do Imperador D. Pedro I em 1827. 

	Josepha Maria de Andrade Rezende, uma de suas filhas, contraiu matrimonio com o coronel Severino Ribeiro. Tiveram uma dúzia de filhos entre os quais Estevão de Rezende, o primeiro desse nome, formou-se em direito em 1804 pela Universidade de Coimbra. Foi ministro de D. Pedro I, deputado, senador, presidente da província de Mato Grosso de 1838 a 1840 e presidente do Senado, obtendo sucessivamente os títulos de barão, conde e marquês de Valença. 

	Deixou numerosos descendentes, entre os quais cinco filhos naturais, posteriormente legitimados. Casou-se por volta de 1819 com Ilidia Mafalda de Souza Barros Leite, filha do brigadeiro Luiz Antonio de Souza Queiroz e Genebra de Barros Leite, patriarcas da família Souza Barros e avós de Luis de Queiros. O filho do Marquês de Valença estudou inicialmente no Rio de Janeiro e depois no colégio Duval, em São João Del Rei, MG. Formou-se em direito em São Paulo pela faculdade do Largo São Francisco, em 1863. 

	Atraído pelo jornalismo liderou um período acadêmico e conservador, intitulado Ensaio Filosófico Paulistano, e foi redator de O Constitucional, órgão do Partido Conservador e adversário de A Imprensa, jornal dos chefes liberais Martim Francisco e José Bonifacio de Andrade e Silva. O Marquês de Valença adquiriu extensa gleba em Piracicaba que abrangia as áreas posteriormente ocupadas pelo Engenho Central e pelo Mirante e avançava muito além. 

	Seu filho Estevão herdou-as ao se casar com a filha do Barão de Serranegra uniu as terras que se estendiam da fazenda São Pedro à Nova Piracicaba dos dias atuais. Estevão Ribeiro de Souza Rezende fixou-se em Piracicaba em 1863, onde casou-se em 16/10/1865 e em breve converteu em um dos mais influentes políticos do Partido Conservador local, liderado pelo sogro. Rezende foi delegado de policia em Piracicaba e provedor da Santa Casa de Misericórdia local em 1873-74. 

	Vereador da Câmara Municipal piracicabana de 1873-76, 1877-80 e 1887-89, fez parte da Assembléia Geral Legislativa Paulista em 1877 e atuou como deputado provincial em cinco legislaturas em 1870, 1871, 1874, 1876, 1878. Dom Pedro II era seu padrinho de batismo. Hospedou-o em sua residência em Piracicaba, assim como a princesa Isabel e seu esposo, o conde d`Eu, em 1886. No ano seguinte recebeu o titulo Barão de Rezende. 

	Combateu tenazmente o jogo de loteria, por considera-lo não só anti-economico, mas também como um imposto disfarçado, que penalizava a parte mais carente da população. Foi um dos subscritores do projeto de criação de um Instituto Agronômico, sob a liderança de Antonio Prado. 

	Na imprensa, escreveu assiduamente no Jornal O Correio Paulistano, destacando-se entre seus escritos os artigos que dedicou as estradas de ferro e os trabalhos de caráter histórico e político. Dirigiu a Companhia Fluvial Paulista, de navegação a vapor nos rios Piracicaba e Tietê, conseguindo levar o vapor “Explorador” até o salto de Avanhandava e posteriormente a cidade de Tietê, de modo a beneficiar não só Piracicaba, mas também varias povoações ribeirinhas do Tietê, entre as quais São Manoel, Botucatu e Ibitinga. Em  1883 Rezende embrenhou-se pelo sertão paulista, a fim de mapear o melhor caminho de ligação entre