Nascido em Jundiaí em 1796 e falecido em Campinas em 1841. Vereador na Câmara de Constituição, foi o primeiro prefeito da vila posteriormente da cidade de Piracicaba. Vitti esclarece que, “ com a publicação do famoso Código do Processo, houve profunda alteração no sistema administrativo do pais, surgindo pela primeira vez a separação entre o Executivo e o Legislativo.
Apareceu o cargo de Prefeito que era nomeado pelo presidente da província. Esse sistema durou até 1840”. Constituição teve apenas dois prefeitos no século 19: Machado de 1835-37 e Manoel de Toledo Silva de 1838-40. Em 05/05/1835, presidente da província, Rafael Tobias de Aguiar, comunicou à edilidade a nomeação de Machado e esse tomou posse a 06/071835, prestando juramento, em sessão da câmara. A 06/11/1837 comunicou a esta que enviou à presidência da Província seu pedido de demissão do cargo de prefeito.
Nesse mesmo ano, Machado submeteu-se a exames na câmara para ser o professor da escola de primeiras letras da vila, perante os examinadores vigário Manoel José de França e bacharel Delfino Pinheiro de Almeida, e foi aprovado. Em novembro de 1837 pediu demissão do cargo de prefeito. Manteve-se no entanto, nos empregos de secretario da câmara e professor “de 58 meninos, desde o dia 16 de agosto”. Eram 86 alunos, em outubro de 1840. A 10/10/1838 a câmara nomeou-o, juntamente com Manoel Dias Ribeiro, para realização dos estudos da picada da estrada que seguiria para Cuiabá, passando pelo rio Corumbataí, com pontes a serem feitas pelo referido Ribeiro e Joaquim Marcelino da Rocha.
Francisco José Machado foi juiz de mediação de terras por provisão imperial de 07/11/1828, o primeiro tabelião de Constituição e o primeiro escrivão da municipalidade. Personalidade destacada nos começos de Piracicaba, pertenceu a um célebre “`Partido dos Quarenta Coligados” e presidiu o núcleo local da Sociedade Defensores da Liberdade e Independência Nacional, criada no Rio de Janeiro logo após abdicação de D. Pedro I. Há uma rua no Jardim Brasília com seu nome, paralela à rodovia Luiz de Queiroz.