Ivete Madeira, nasceu em Guaxupé (MG) em 1953. Foi educadora e casada.
Atuou como vereadora nas seguintes legislaturas: de 1997 a 2000, de 2001 a 2004 e de 2005 a 2008, sendo que não chegou a completar este último mandato em virtude de seu falecimento em 2005.
Acolhedora, era uma pessoa que estava sempre preocupada com os problemas sociais e com os menos favorecidos, atendendo a todos com muita atenção.
Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores em 1983, influenciada pelo marido Antônio Madeira, ex-vereador. Ser do PT se tornou um diferencial dentro da sua família. O pai morreu indignado por ela pertencer ao partido. Ele era de direita e votou nos candidatos da Arena até a última eleição disputada pelo partido. Teve um fato que ela nunca esqueceu: em 1984, durante um comício das Diretas Já, na capital, Ivete perdeu sua filha, Maria Carolina, no meio da multidão. Ao notar a sua filha não estava ao seu lado, ficou desesperada. Pensou que alguém a tivesse levado, ou que ela tivesse fugido. Foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quem a encontrou e anunciou no microfone.
Teve problemas com o Regime Militar. Ela ministrava aulas para analfabetos em um curso do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), com material didático do educador Paulo Freire. Os alunos eram funcionários de grandes fazendeiros e não tinham direito algum assegurado. O material didático era muito crítico e isso incomodava, despertando a raiva da elite rural. Chegou-se a montar, na época, o Sindicato Rural para fazer reivindicações. Inúmeras vezes, ela e a amiga Ivani Paschoal, que também era educadora, tinham que esconder o material para não serem presas.
Atualizado em 28/02/2020.