Agricultor industrial, político. Nascido em Itu em 26/04/1800, falecido em Piracicaba em 03/11/1871. Teve onze filhos entre os quais o capitão Vicente do Amaral Mello, político influente em Piracicaba, São Pedro e Rio das Pedras. Descendia de Fidalgos portugueses, da Casa Real de D. Fernando. Era filho de Baldoino de Melo Castanho e Antonia do Amaral Gurgel, casados em Itu em 1797.
Veio de mudança para Piracicaba por volta de 1835, estabelecendo-se em Rio das Pedras com propriedade agrícola e engenho de fabricação de açúcar. Fez parte do grupo de políticos liberais exaltados, conhecidos como chimangos, tendo ocupado vários cargos de eleição popular.
Foi vereador suplente em 1837-40 e vereador em 1841-44, 1845-48 e 1857-60. Por ocasião da revolta dos liberais de 1842, chefiada por Tobias de Aguiar, Diogo Antonio Feijó e outros, em que o primeiro foi aclamado presidente da província em Sorocaba, o major Mello Castanho aderiu aos liberais revoltados. Liderou a tomada da câmara pelos liberais piracicabanos a 20/05/1842 e adotou varias medidas em favor da causa revolucionaria, após assumir a presidência da Câmara e reconhecer Tobias Aguiar como presidente interino de São Paulo. Ingressou num contingente de voluntários que partiram de Piracicaba (provavelmente a 28/05/1842).
Juntou-se aos rebeldes chefiado por Antonio José da Silva Gordo nas imediações de Campinas, onde ocorreu o trágico episodio de Venda Grande, no qual as tropas liberais foram desbaratadas. Mello Castanho, preso “sob palavra”, regressou a Piracicaba, tendo sido reiteradamente procurado por seus inimigos, nas batidas que, sem êxito, realizaram para prendê-lo.
Seu nome é lembrado por uma rua da Paulicéia em continuação da rua Dr. Edgard Conceição.