PIRACICABA, THURSDAY, 28 DE MARCH DE 2024
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Antonio da Costa Pinto e Silva



Antonio da Costa Pinto e Silva
Rio de Janeiro
Capitalista/Fazendeiro
13/03/1826
01/06/1887

	Nascido na cidade do Rio de Janeiro, RJ em 13.3.1826.  Falecido na cidade do Rio de Janeiro em 1.6.1887. Casado em 1as núpcias com a Maria Nazareth de Souza Queiroz e em 2as núpcias na data de 3.10.1861 com a viúva de Costa Carvalho, marquês de Monte Alegre (v.), Maria Isabel de Souza Alvim (1825- 21.9.1887). Costa Carvalho é tido como seu primo legitimo. 

	Político, capitalista, fazendeiro, foi grande proprietário de terras em Piracicaba. Bacharelou-se em direito pelo curso jurídico da capital paulista em 1849. No ano seguinte o governo imperial encarregou-o de pesquisar documentos históricos nos arquivos de São Paulo, parte dos quais foi divulgada pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Ingressou no Partido Conservador e foi eleito deputado provincial no Rio de Janeiro (1852) e deputado geral por São Paulo nas legislaturas de 1857 a 1865, de 1869 a 1872, de 1876 e de 1881 a 1883. Luné e Fonseca (1873) mencionam Pinto e Silva como presidente da câmara municipal de Constituição e como advogado e fazendeiro local. Governou as províncias do Paraíba (1885), Rio Grande do Sul (1868), São Paulo (1870-71) e Rio de Janeiro (1885). Tornou-se ministro do Império no gabinete Caxias a partir de 15.2.1877. 
Mais conhecido no passado de Piracicaba como conselheiro Costa Pinto, casou- se aos 65 anos de idade no Rio de Janeiro com a viúva e segunda esposa do marquês de Monte Alegre. Em virtude do seu segundo casamento, esta perdeu o direito de usar o título de marquesa de Monte Alegre. Herdeira, no entanto, do rico cabedal de Costa Carvalho, a herança dos Monte Alegre passou a ser compartilhada por Costa Pinto e Silva com a esposa. 

	Quando governava São Paulo, convocou uma reunião de influentes fazendeiros e capitalistas, da qual resultou a organização da Associação Promotora da Colonização e Imigração (26.3.1871), entidade que teve como primeiro presidente Francisco Antônio de Souza Queiroz. Este era filho do brigadeiro Luiz Antônio e tio de Luiz de Queiroz (v.), a quem Piracicaba deve a ESALQ. Francisco Antônio e sua Associação tiveram papel saliente na introdução pioneira do trabalho livre na agricultura bandeirante. 

	Elias Netto (2003) destaca a vinculação de Costa Pinto e Silva à chamada “dinastia açucareira” de São Paulo, “por laços de amizade e parentesco, e por interesses econômicos”. Além das glebas de Monte Alegre, teve extensa propriedade rural junto ao rio Corumbataí e foi dono de bela residência onde hoje se localiza o teatro São José, na rua São José, no centro de Piracicaba. Hospedou nessa casa o presidente da província paulista, quando aqui veio para inaugurar o serviço de abastecimento de água e um chafariz de mármore na atual praça José Bonifácio, doado à cidade por Júlio Conceição (v.) (irmão de João Batista da Rocha Conceição, v., que foi esposo de Maria de Nazareth da Rocha Conceição, filha de Costa Pinto). Laços familiares e interesses comuns fizeram com que os Costa Pinto e Silva, os Rocha Conceição e mais tarde os Silva Prado se unissem, juntando- se depois a estes os Pacheco e Chaves.

	Em 1874 Costa Pinto adquiriu uma chácara com 14 quarteirões, à margem do ribeirão Itapeva, com portão de frente na rua Santo Antônio e vizinha à chácara de Manoel de Moraes Barros. A Usina Costa Pinto S.A., que atualmente faz parte da Cosan, a estação Costa Pinto da antiga ferrovia “União Sorocaby-tuana” (Sorocabana) e a avenida Conselheiro Costa Pinto na Paulista homenageiam essa notável figura de ministro do imperador D. Pedro II, conselheiro, governador de São Paulo, político atilado, homem empreendedor, homem de ação. Em Neme (1974) consta o nome de Teodora (ou Tereza) Leopoldina da Costa Pinto como uma das herdeiras em 1888 das terras de Salto Grande do Corumbataí. Foi esposa de Carlos Augusto Rodrigues Pinho. Tiveram seis filhas, suas herdeiras: Josefina, Margarida, Carolina, Almira, Maria das Dores e Celisa. Neme acrescenta que os dois quinhões de terras de Teodora Leopoldina da Costa Pinto acabaram divididos entre mais de cinqüenta proprietários condôminos. Localizavam-se perto do ribeirão da Assistência (Ribeiro, 1899; Torres, 1975; Amaral, 1980; Bueno e Barata, 2002; Elias Netto, 2003). A estação férrea Costa Pinto, inaugurada em 1888, foi desativada em 1966