PIRACICABA, THURSDAY, 21 DE NOVEMBER DE 2024
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Phillippe Westin Cabral de Vasconcellos



Phillippe Westin Cabral de Vasconcellos
Santa Rita do Passa Quatro
Engenheiro Agronomo
06/12/1892
27/09/1985

	Nascido em Santa Rita do Passa Quatro em 06/12/1892 e falecido em Piracicaba 27/09/1985. Casado com Dolméia da Silva Furquim de Vasconcellos. Filhos: Philipe, Dorival, Célia, Silvio, Lélio, Edmar. Professor, pesquisador, engenheiro agrônomo. Filho do Procópio Cabral de Vasconcellos e Amélia de Oliveira Westin Vasconcellos. 

	Após o falecimento dos pais, ainda menor, foi confiado a um tutor. Veio em sua companhia para Piracicaba em 1909, para estudar e residir no internato mantido pela então Escola Agrícola Pratica Luiz de Queiroz, a futura ESALQ. Formou-se em agronomia em 1912. Em 1913 iniciou a carreira profissional como administrador do Instituto Butantã, na capital paulista. 

	Começou a trabalhar na escola por volta de 1914, como auxiliar de gabinete do prof. José Álvares, incumbido das disciplinas Química Mineral, Orgânica e analítica. Exerceu interinamente o cargo de professor de Agricultura Geral a partir de 1920 e de 1923 a 1925 fez parte da vereança local. Desde a gestão do provedor Oscarlino Dias, foi irmão remido da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba. Elegeram-no vice provedor, durante 13 anos consecutivos, sendo alvo de significativa homenagem por tudo quanto fez pela Santa Casa, em 21/09/1974. 

	Presidiu o Centro Acadêmico Luiz de Queiroz em 1922-23. Em 1922 foi o terceiro professor da escola a se submeter a concurso para ocupar a quarta cadeira de Agricultura Geral, Especial e Horticultura. Aprovado no concurso, foi nomeado em caráter efetivo como professor de horticultura e para a direção técnica da secção correspondente, cargos vagos em virtude da saída de seu titular, professor Henrique Vaz. Reformou os primitivos pomares da escola, cujos frutos ganharam o primeiro premio da exposição internacional do centenário da independência no Rio de Janeiro em 1922. 

	Tornou-se titular da 13ª cadeira, criada em 1931 como Agricultura Geral que incluía o programa da quarta cadeira. Logo após a criação da Revista de agricultura na Luiz de Queiroz em 1926, por Nicolau Athanassof, Salvador de Toledo Piza Junior e Octavio Domingues, ingressou no seu quadro de diretores. Vasconcellos instalou um ensaio de observação de comportamento vegetal na escola, com uma grande coleção de essências florestais, em lotes de 220 plantas em cada lote e fez outras instalações similares, as margens do Piracicamirim. Planejou e orientou a criação dos parques em torno dos pavilhões de Química, Horticultura e Engenharia, cuidando, também, da instalação de novos e amplos pomares no campus. 

	Como se não bastasse tudo quanto fazia na ESALQ, traçou projetos de parques e jardins para a praça da Vila Rezende, a Santa Casa de Misericórdia, o Lar-Escola Coração de Maria e Monte Alegre, bem como os parques de Águas de São Pedro das Estações Experimentais de Cordeirópolis e Nova Odessa, as praças de Santo Antonio do Jardim e de Jundiaí para inúmeras instituições e municípios do Estado, como grande parque de Ribeirão Preto, SP. 

	Proporcionava orientação e assistência gratuita a prefeituras e organizações assistenciais na sua área de competência, e até lhes dava plantas para fins ornamentais e de arborização. Durante a presidência de Eurico Gaspar Dutra, viajou por todo o pais para realizar um levantamento dos potenciais econômicos da agricultura nacional e seu mercado, a pedido do governo federal. Vasconcellos dirigiu a ESALQ de 19/05/1939 a 18/06/1941 e de 07/06/1954 a 13/08/1954. Aposentou-se em 1960. 

	No ano seguinte, a ESALQ homenageou-o com a outorga do titulo de Professor Emérito. Participante ativo e empenhado na vida cultural e social da cidade, foi um dos três criadores do Conselho Coordenador das Entidades Civis de Piracicaba e, 1956, com Fortunato Losso Netto e Alcides di Paravicini. Juntamente com esses e outros companheiros, participou da criação do Rotary Club Piracicaba em 1941 e foi seu primeiro presidente. 

	Publicou inúmeras pesquisas e estudos de cunho cientifico e técnico e fez parte de varias sociedades renomadas, entre as quais a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Sociedade Botânica do Brasil e o Fórum Paulista de Fruticultura, tendo recebido grande numero de veneras, diplomas e homenagens. Pertence, com toda justiça, ao panteão dos mais notáveis, cultos e diligentes homens de saber e ação da Piracicaba do século vinte. 

	Uma avenida tem seu nome, no jardim São Francisco, entre a avenida das Ondas e a Margem do Rio Piracicaba.