Nascido em Casa Branca em 03/11/1880 e falecido em São Paulo em 1964. Advogado, escritor, ministro e presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Casado com Zenaide Carnarzo Nogueira de Lima. Filhos: Marcelo, Marina, Rosaly, Zenaide, Zilda. Filho de Francisco Eugênio de Lima e Altina Etelvina Nogueira de Lima.
Após estudar no seminário Episcopal, formou-se em 1904 pela faculdade de direito de São Paulo. Iniciou sua vida profissional como advogado militante. Foi promotor publico interino em Casa Branca e Mococa, delegado de policia em Patrocínio do Sapucaí, Araras. Pindamonhangaba e Piracicaba, vereador em Piracicaba presidente da subseção de Piracicaba da Ordem dos Advogados do Brasil, um dos sócios fundadores do Rotary Club de Piracicaba, curador de acidentes de trabalho e de menores em São Paulo, procurador geral do estado de São Paulo, presidente do conselho administrativo paulista, ministro e presidente do Tribunal de Contas do estado.
Partícipe entusiasmado e influente da vida política, social e cultural piracicabana na primeira metade do século 20, destacou-se pelo brilho como político, orador e conferencista dos mais notáveis. Nogueira de Lima foi um dos expoentes da universidade popular de Piracicaba, que ministrava aulas de idiomas, literatura e ciências, tendo sido seu primeiro presidente, na segunda década do século 20. Na primeira década do século vinte, estabeleceu e organizou a Guarda Noturna de Piracicaba, que substituiu a Guarda Civil da cidade, criada em 1903 como corpo de Guarda e Policia municipal.
Presidiu a comissão executiva do monumento dos Voluntários Combatente de 1932, inaugurado a 07/09/1938 na Praça José Bonifacio, com a benção do monsenhor Manuel Rosa, vigário da Paróquia da Matriz de Santo Antonio. Muito culto deixou numerosos livros e estudos importantes: O domicilio da união perante o código civil, 1917; A prorrogação da hipoteca, 1917; Parceria Agrícola, 1918; O código civil e suas emendas, 1919; O comerciante e seus livros, 1920; A questão religiosa no império, 1923; Tapumes rurais, sd; Desapropriação com Financiamento, 1936; O furto do “a rosa branca”, 1936, A neutralidade do Brasil perante a guerra civil na Espanha, 1936; Não intervenção; O carlismo na Espanha, 1936; O penhor rural, 1937; O repouso semanal, 1937; Piracicaba na reforma judiciária, 1940; O telefone a serviço da justiça, 1940; Dos casos de agravo, 1940; Da pericia médica no processo penal e acidente de trabalho, s.d; Exploração do prestigio, 1940; Tenhamos confiança, 1941; Serviço policial na infortunística, 1942; Acidentes de ou no trabalho, 1942; O direito de demandar e os meios de defesa, 1943; Abelhas que fogem, 1943; A raridade da garantia contra os vícios redibitórios, 1943; Carlos Gomes e sua musica, s.d.
Na Vila Industrial há uma rua denominada Dr. Sebastião Nogueira de Lima, paralela a avenida Brasília.