Nascido em Atibaia, SP em 12/03/1908 e falecido em abril de 1979. Casado com Maria Romera Rodrigues Pinto, falecida em 23/09/2008. Filhos: Maria AP. Romera Pinto Mahle. Contabilista, comerciante, político, administrador. Filho do major Sebastião Theodoro Pinto.
Seu pai foi prefeito de Atibaia em três legislações e teve vários filhos, mas apenas cinco sobreviveram: Sebastião, Zacarias, que foi prefeito em Nazaré Paulista e três irmãs. Após a infância e a adolescência vivida em Atibaia, mudou-se para Piracicaba. O major foi proprietário de uma casa comercial que vendia principalmente mercadorias importadas, principalmente louças e porcelanas. Sebastião formou-se em contabilidade pela escola de comercio Cristovão Colombo em 1930, época em que conheceu sua futura esposa, professora, filha de imigrantes espanhóis, que lecionavam em Tanquinho. Sebastião foi funcionário da empresa elétrica de força e luz nos anos trinta, na sede desta, ao lado da Matriz Santo Antonio.
Em 1935 conheceu o comerciante rio-clarense Oscar Meyer. Tornaram-se muito amigos e juntos fundaram a Casa Édison, para vendas de rádios, discos, geladeiras e outros aparelhos elétricos, no nº1024 da Praça da Catedral. Anos depois, Sebastião tornou-se o único proprietário da loja e posteriormente mudou-se para a rua Xv de Novembro, 805. Católico, devoto, cordial, expansivo e idealista, destacou-se na comunidade com suas atuações em inúmeras entidades, entre as quais fio membro da irmandade, atuando como segundo secretário e como mesário durante a provedoria de Nelson Meireles.
Destacou-se igualmente pela contribuição que deu ao Abrigo de Menores Desamparados, de que foi um dos fundadores, ao Lar dos Velhinhos e as obras da igreja dos Frades. Bastante ativo na vida política piracicabana, elegeu-no vereador para a legislatura de 1960-63 e foi presidente da Câmara Municipal. Conforme frisa Guidotti, sua casa comercial se converteu em local de encontros dos políticos locais e de fora, como Carlos Lacerda, Hebert Levy e outros, particularmente os políticos vinculados ao seu partido, a União Democrática Nacional, que gozava de grande popularidade nos anos sessenta.
Integrante dos mais ativos do Sindicato do Comércio e Varejistas de Piracicaba, presidiu o sindicato de 30/08/1966 a 29/05/1974, sendo reconduzido ao cargo a cada dois anos, graças aos seus empenhos e aos de seu sucessor a frente do sindicato, Tufi Elias, Piracicaba passou a contar com o serviço social do comércio – SESC- Piracicaba, inaugurado em 30/11/1979.
Seu estabelecimento comercial mudou-se para a rua XV de Novembro, na entrada da galeria Lucia Cristina, próximo da Cátedra, pouco antes do seu falecimento. Empenhou-se para a construção de uma sede própria do sindicato que presidia, mas em virtude da morte do prefeito Luciano Guidotti e do estabelecimento do regime militar no país, esses esforços foram baldados, sendo seqüestrados pelo Ministério do Trabalho os recursos bancários do Sindicato que se destinavam a essa finalidade.
Elias Netto ressalta a importância do apoio de Sebastião, “um udenista histórico”, para o lançamento da candidatura de Luciano Guidotti a prefeito, na eleição de 1955 e na qual este saiu vitorioso, derrotando Luiz Dias Gonzaga, e marcando, assim, o fim do gonzaguismo na cidade.
Uma rua Sebastião Rodrigues Pinto perpetua a sua memória no Jardim Algodoal, entre a avenida Franco de Souza, que ladeia o rio Piracicaba e a rua Emilio Bertozzi.